sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Oficina de fadas feltradas

Oficina de Fadas Feltradas
Data: 04/10, sexta feira, de 8h às 11h30
Valor: R$60,00 –Serão feitas duas peças uma para o participante da oficina outra para nosso bazar de natal.
Local: Lume Jardim de Infância –
Tel: 3281-4489
Faça já sua inscrição!! Vagas Limitadas!!


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Equoterapia com Laiena Dib

Aconteceu ontem dia 10/09 um encontro muito gostoso com a Laiena Dib aqui no Lume Jardim de infância, sobre Equoterapia foi muito gratificante e elucidativo.

Mergulhamos um pouco mais na psicologia humana que acionada pelo contato próximo com o animal se ilumina e abre possibilidades maravilhosas!

Nós vamos organizar um passeio muito gostoso com os nossos pequenos até a Hipica corumi!

Ps: Lá tem um restaurante muito gostoso... Segue o endereço para quem quiser ir passear e desfrutar da natureza e dos animais...

Hipica Corumi
Av. prof. Navantino Alves 277, Taquaril
Vindo do centro pela Andradas até Boulevard Shopping
- Seguir placas
- Hosp. Baleia
- Cemitério da Saudade
- Minas Country

- Hipica Corumi

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Passando uma manhã em um Jardim de Infância Waldorf





“Onde Há Crianças, Há Movimento Que Dá Vida.

A atividade principal do homem é crescer, transformar, construir. A criança vem de um reino vivo, onde não há morte. Ela é energia vital; transmite vida pela força da fantasia.

Bom dia!...

As crianças do maternal, de 2 a 3 anos, estão no “play-ground”: tudo é movimento, é trabalho sério, executado na maior concentração.

Dão-se ares de quem sabe o que está fazendo. Agora reina silêncio, e logo dois ou três tagarelam sem preocupação se há ou não ouvintes.

O adulto para, olha, observa esta atividade compenetrada, isolada, vê este, aquele outro, o conjunto. Neste momento não há briga por objetos. Algumas crianças estão brincando na quadra de areia. Uma delas passa a pazinha e a afunda na areia, para levantá-la e, com muito cuidado, esvaziá-la vagarosamente, de maneira que cada grãozinho brilhe no sol suave da manhã de inverno. Ela não percebe os outros que cavam e enchem baldes ou simplesmente batem com as mãozinhas para aplainar e alisar as irregularidades do amontoado arenoso. É a calma em movimento. Da sala chega mais alguém. Vem correndo, para um pouco e olha ao redor, com ar de quem procura alguma situação propícia; fala algumas palavras, vira e volta em direção à sala. Abaixa-se, levanta e, cônscio da importância do que viu, corre mais rápido para informar a “tia”.

- Tem bichinho morto na grama!
Vários coleguinhas, ao ouvirem esta notícia, correm para ver e pegar o besouro preto, que já não se move, está morto.

Uma “maiorzinha” da classe do “jardim” declara:

-Devemos fazer um enterro.

Começa uma atividade determinada pela ocorrência. O menino da pazinha é assaltado pelos colegas:

- Dá a pá para fazer o enterro!

O buraco é cavado, o besouro é envolto numa folhinha e logo é coberto de terra. Muitas mãozinhas ajudam. O assunto é resolvido, estão satisfeitos. Um pequeno curioso pergunta:

- Porque estava morto este bicho?

-Porque já não sabia mais mexer as pernas e nem as asas. Daí, morreu e pronto! – É a resposta lacônica da menina “grande”, que propôs o enterro.

Numa das salas ficaram três crianças muito preocupadas com a boneca Marisa, que está com dor de barriga e muita febre. Ela vomitou e está chorando muito, porque o médico deu uma injeção. Marisa é uma boneca de pano, um pouco gasta, tem dois pontinhos no rosto indicando olhos e um traço horizontal curtinho como boca.

A mãe dela disse de repente:

-Marisa sarou, está rindo, quer comer.

O pauzinho que já foi seringa, agora é colher para preparar a sopinha.

A Marisa dança, pula, bate palmas, abre a boca para comer...

Mais trabalho! Todas as bonecas estão com fome!...

Outra “maiorzinha”, carregando uma cesta com galhinhos, diz:

- Quer comprar cenoura?

- Quero, diz a tia, me dá um maço.

Uns tapinhas na mãozinha resolvem o pagamento e agora as bonecas irão aprender a comer cenoura crua, que faz bem para os dentes.

E logo todas as crianças entram. É hora da história, do recolhimento. Nesta época, a história vem depois do “brincar livre”.

Quem chamou?

As crianças foram entrando, seguindo seu relógio interior etérico, que o hábito criou. Também ficaram prontas para o lanche na hora acostumada, assim como os passarinhos se recolhem para dormir, quando o ocaso fecha a tarde ensolarada.

A forma diária de atividades, o “horário”, resulta do movimento rítmico vivo de diferentes atividades, repetidas diariamente na mesma sequencia, harmonizando o

grupo de crianças. Os brinquedos estão guardados, ficam imóveis como matéria morta e conceitos formados e prontos. A areia endureceu no ponto em que as mãozinhas (e pezinhos) a deixaram. Estas agora também descansam, quando as crianças se sentam e com sua alma penetram nos contos mágicos cheios da vida em movimento. A boneca Marisa está no carrinho. Ela é só um amontoado de panos arrumados à semelhança de um ser humano. Já não é capaz de chorar ou sorrir ou comer, e não sente dor de barriga. Ela apenas é a forma final de uma imagem que alguém produziu e nada mais.

Fim do dia:

Durante algumas horas, os toquinhos e a areia, os pauzinhos e pazinhas, os panos formando bonecas, os anões ou os bichos sem muitos detalhes, foram instrumentos que viviam pela magia da imaginação infantil. Agora são objetos sem vida, esperando ressuscitar com um toque mágico da fantasia criativa do jovem ser humano.


Até amanhã!...”

(Texto retirado do Livro: Viver com Crianças de Leonore Bertalot)
Imagem: Da Internet

II Encontro Mineiro de Micael