Jardim de Infância Waldorf. Buscamos favorecer o desabrochar saudável das pequenas crianças beneficiadas há mais de 15 anos pela nossa Pedagogia.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
"Estou fazendo uma casinha, uma casinha de verdade"
O que é que existe de tão relevante no primeiro setênio? Podemos dizer que, neste momento, a criança está “ocupada”, construindo sua própria casa que, mais tarde, será morada de tantas habilidades e talentos. É nessa hora que todo o corpinho da criança se desenvolve para que, finalmente pronto, no segundo setênio, seja capaz de receber tantos conhecimentos novos.
Para que a criança possa, de fato, ocupar-se com sua árdua tarefa, os adultos que a conduzem devem cuidar para que o ambiente em que ela brinca favoreça, ao máximo, o desenvolvimento dos seus sentidos básicos (movimento, equilíbrio, tato e vital). Não é à toa que, diariamente, procuramos deixar a sala de aula sempre bonita e arrumada com brinquedos adequados, um parque com areia, árvore, grama, pedras, cores, sons, texturas, cheiros…
Mas o espaço bonito, por si só, não alimenta – nem faz crescer. É preciso cuidar do tempo, é preciso ter ritmo. Durante todo o período em que estão na escola, há momentos de concentração e expansão. Esse cuidado com o ritmo respeita os momentos em que, ora a criança deve estar no mundo, convivendo no social, ora consigo mesma, no seu próprio ninho, quando precisa se recolher.
Ritmo é saúde. Ritmo é vida. Não só para as crianças, mas para nós também. Quando trabalhamos demasiadamente parece até que nos esquecemos de respirar – e adoecemos. Assim é a vida: nascemos e morremos, dormimos e acordamos, trabalhamos e descansamos. Inspiramos e expiramos. Somos, organicamente, ritmo. Mas que o ritmo seja realmente orgânico – e, não, mecânico, como um relógio. É preciso que tudo, inclusive o ritmo, possa ser visto (e vivido) com leveza.
No primeiro setênio, as crianças enxergam o mundo através dos nossos olhos. Se, para nós, o mundo é belo e a vida vale a pena ser vivida, para a criança, que está ao nosso lado, também. Daí a nossa responsabilidade como adultos ser tão grande. De olhos fechados, a criança confia nos pais e nos professores porque, para ela, somos “gigantes heróis que conhecem todos os segredos do mundo”! Que possamos nos fazer dignos dessa confiança.
Enquanto isso, caminhando e cantando (na verdade, quase sempre correndo ou saltitando e, às vezes, chorando), a criança vai construindo a sua morada, a sua casa, o seu ninho. Tudo o que nós queremos é que esse ninho seja tão aconchegante quanto forte e que agüente, firme, as tempestades, para receber, no dia seguinte, o calor dos raios de sol. Tudo o que nós queremos são crianças felizes capazes de viver (bem viver) o mundo como ele é, com seus antagonismos e certezas, suas tristezas e alegrias. Crianças capazes de viver com verdade. De verdade.
por Escola Waldorf Jardim das Amoras,
Texto: Patricia Nakai, Professora do Jd. II da manhã.
Imagem: Arquivo Próprio
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quinta-feira, 3 de maio de 2012
Pentecostes: Celebrando com as Crianças
Significa, em grego: qüinquagésimo (dia após a Páscoa). Neste dia
estavam reunidos os Apóstolos e, através da fusão de seus pensamentos e
seus sentimentos e a prática conjunta de exercícios religiosos, ocorreu à
ligação com o Espírito Santo. Eles conscientizam sua mais profunda
ligação com o Cristo. Com esta consciência eles agora podem se dirigir
aos seres humanos e transmitir e provocar acontecimentos semelhantes.
Desta forma, Pentecostes é a festa de associação cristã.
A mesa de Pentecostes
Um
quadro de Pentecostes é pendurado na parede sobre a mesa. Na mesa uma
vela branca circundada por doze velas brancas menores. As crianças podem
produzir os castiçais com argila e pintá-los com doze cores diferentes.
Colocar flores que se compõe de vários indivíduos, mas que nascem num
mesmo espaço, como por exemplo, margaridas.
O acender das velas
No
dia de Pentecostes, de manhã, quando as crianças entrarem na sala, a
vela do meio já deve estar acesa. Após uma canção e um verso, cada
criança e os adultos acendem uma vela na vela do meio. As velas
restantes são acesas, da mesma forma, pelas crianças em nome de pessoas a
elas ligadas, como por exemplo, padrinhos, avós, amigos, parentes,
doentes ou falecidos. A criança vivencia uma associação de pessoas para a
qual também pode fazer alguma coisa.
O acender
das velas deveria acontecer pelo menos três vezes: no domingo de
Pentecostes, na segunda – feira e no domingo seguinte, com a inclusão de
novas pessoas no rol dos lembrados.
Significado das festas:
Micael, conduz o homem á manjedoura;
Natal, representa o nascimento da luz divina na Terra;
Páscoa, simboliza a Luz de Natal que vence as forças da morte;
Em Pentecostes, a luz se torna para o homem o fruto do seu agir.
Em
Pentecostes a Terra se enfeita como uma noiva com flores e verde para
se casar com o céu. Mas a natureza não para e Terra e Céu ficam cada vez
mais pesados, até a época de João, quando termina o processo de
expansão e crescimento do sol. Pentecostes é a última festa da expansão e
de crescimento do sol.
Enquanto Pentecostes é o
fruto da ação de Cristo, João é o primeiro broto na alma humana para
crescer e evoluir. Uma fita dourada liga desta forma as duas festas. A
chama de João que sobe da Terra para o Céu, somente pode ser um fogo
espiritual como resposta do homem às línguas de fogo de Pentecostes que
descem das alturas e batizam o homem preparado, com fogo e espírito.
Texto retirado do site "Festas Cristãs"
Imagem: Da Internet
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