Realizamos no último sábado, dia 12, nossa Festa da Lanterna.
Esta é uma festa que prepara a chegada do inverno, comemorada no Hemisfério Sul, em junho, época em que percebemos uma grande inspiração da terra, uma quietude externa da natureza e uma diminuição da luz solar.
O ar mais frio e o escurecer mais cedo, nos proporcionam uma atmosfera para o recolhimento, o olhar para dentro de nós mesmos, o encontro com nossa luz interna.
As lanterninhas que as crianças carregam nas mãos, simbolizam essa luz interior; o fazer criador, a Luz de Cristo, a centelha divina que todo ser humano tem dentro de si.
A história “A menina da lanterna”, frequentemente encenada nos jardins de infância Waldorf, nos mostra através de imagens, o caminho individual do homem em busca da Luz Crística. Os personagens nela contidos revelam âmbitos do ser humano que necessitam ser dominados, transformados e renovados.
Após a encenação do teatro, adultos e crianças, levamos pelas ruas, cuidadosamente, nossas lanternas acesas até uma praça próxima. Zelo e atenção foram necessários para a luz não se apagar. Durante a caminhada, todos cantamos canções sobre a relação entre o Céu e a Terra. No final, nos agrupamos em círculo para mais algumas músicas. Renato (papai do Davi savassi) e a profª Jacqueline, acompanharam nossas cantigas com a flauta transversal e o kantele. Após o passeio, e de volta à escola, compartilhamos um lanche gostoso e, assim, todos retornamos alimentados e aquecidos para as nossas casas.
É na infância que o amor pela Terra e pela própria vida são fundamentados. As crianças, no seu desenvolvimento, precisam de imagens verdadeiras e cheias de sentido. Cabe a nós, adultos, pais e professores, vivenciarmos a Festa da Lanterna com plena consciência. A exemplo de outras festas cristãs no decorrer do ano, esta também oferece imagens profundas e vivências inesquecíveis, que preenchem e alimentam a alma da criança e proporcionam o sentimento de confiança e segurança diante do mundo.
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