quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Porque a Pedagogia Waldorf Não Recomenda a TV Para as Crianças



4ª parte



Algumas últimas considerações:

Sintomas e experiências do consultório de pediatria

No consultório, as crianças telespectadoras habituais distinguem-se das outras pelo fato de:






  • Irem ao encontro de outras pessoas sem manter certa distância e respeito.




  • Terem dificuldades em estabelecer um contato pessoal.




  • Gostarem de fazer caretas e mal conseguir olhar nos olhas de outra pessoa.




  • Frequentemente responderem de maneira superficial ou estereotipada, e não manifestarem interesse muito profundo pelas coisas.




  • Lerem menos e preferirem apresentações ilustradas, geralmente revistas em quadrinhos e non-books.




  • Quase não conseguirem elaborar o que viram ou leram.




  • Apresentarem maior falta de concêntração.











  • Incentiva-se a tendência à dependência de álcool, medicamentos e drogas, pois as crianças se acostumam a obter estímulos e conteúdos anímicos sem qualquer esforço próprio - por assim dizer, apenas apertando um botão.




  • O desenvolvimento da vontade sofre um dano central, pois as crianças ficam sentadas imóveis diante da tela, não podendo atuar ativamente, imitando, como é de seu costume.




  • Foi comprovado que o desenvolvimento da fala sofre um nítido atraso.



Crianças educadas sem televisão são companheiros muito solicitados para brincar




O que estimula melhor a evolução para a autonomia: Não querer distinguir-se dos outros, estar totalmente "por dentro" ou desenvolver a coragem de dizer que "em casa não assistimos à televisão; pois preferimos brincar"? Crianças educadas sem televisão são companheiros muito solicitados para brincar, e muitos pais gostam de convidá-las para evitar que seus próprios filhos fiquem em frente à tevê.







  • Talvez o vizinho fique contente se você convidar seus filhos para brincar, e, por sua vez, poderá corresponder à sua solicitação de que também na casa dele as crianças não assistam à televisão.



  • O que as crianças perdem conhecendo a natureza, o homem e a vida social não como uma caricatura e um desenho animado, mas, em vez disso, a partir da própria vivência ou de descrições que lhe dêem ensejo para elaborar suas próprias imagens e pensamentos? A atividade lúdica, o movimento fisico e, para compensar, ouvir um conto de fadas despertam, na criança, capacidades que terão valor duradouro por toda a vida.




  • E ainda: quem financia e incentiva a indústria do lazer - à custa de seus filhos?



Como lidar pedagogicamente com a mídia




Como as crianças podem aprender a lidar com a televisão? Quando os pais começam a permitir que seus filhos assistam à tevê, o mais importante é eles mesmos assistirem junto. Só assim é possível garantir que o aparelho seja ligado e desligado conscientemente. Um outro aspecto decisivo para aprender a lidar com autonomia é escolher os programas em conjunto e combinar por quanto tempo se assiste a um programa, qual q e por quê. O que foi visto pode então ser elaborado numa conversa, e assim o que foi consumido passivamente pode ser ativado novamente a posteriori. Depois dos onze anos de idade, os pais deveriam no mínimo saber a quê seus filhos assistem e pedir-lhes que contem o que viram - pois muitas vezes ainda é sensato e/ou necessário ajudar na elaboração do que foi visto.




Depois da puberdade, tudo é diferente. Se até então so jovens tiverem recebido estímulos suficientes de outra natureza, a televisão não exercerá um fascínio especial sobre eles, cuja maioria será de pessoas emancipadas em relação a ela.




Os adultos deveriam deixar os aparelhos eletro-eletrônicos de seu uso num aposento ao qual as crianças não tivessem livre acesso. As crianças aceitam sem problemas o fato de existirem coisas "só para adultos".











Texto: Consultório Pediátrico (Wolfgang Goebel e Michaela Glockler)

Nenhum comentário:

Postar um comentário